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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Desequilibrio Ambiental



Catástrofe ambiental: os efeitos adversos provocados pela ausência de grandes predadores


Quando falamos de cadeia alimentar, pensamos nas relações estabelecidas entre os seres vivos durante o processo de obtenção de alimentos. Em suma, cada organismo alimenta-se de uma gama de outros seres vivos, e assim sucessivamente, num continuum cíclico: a cadeia alimentar.
Há também um conceito mais amplo, que é o da teia alimentar. Essa se constitui de um conjunto de cadeias alimentares interligadas por tipos alimentares comuns aos organismos. Dessa maneira, os mais variados ecossistemas se mesclam e o ambiente se organiza.
Uma cadeia trófica ou alimentar é constituída por produtores, representados por organismos autótrofos, ou seja, aqueles capazes de obter alimentos a partir de substâncias inorgânicas, como os vegetais; e por organismos heterótrofos, aqueles que obtêm alimento ingerindo outro ser vivo, como um vegetal ou um animal; esses são os consumidores, representados pelos animais. Nesse nível trófico há vários tipos de consumidores (primários, secundários, terciários, quaternários, etc.). Por último, temos os decompositores, categoria formada por seres que decompõem a matéria orgânica de animais mortos. Seus representantes são as bactérias e os fungos.
Entre os consumidores, existem aqueles que ocupam o topo da cadeia. Esses são representados por predadores que não possuem predador. São exemplos: leões, tigres, lobos e tubarões. Por muito tempo se acreditou que a retirada desses seres, ou até mesmo sua diminuição, não afetaria o ambiente ou, se afetasse, não causaria grandes impactos, já que eles se encontram no topo da pirâmide trófica. Ledo engano!

lobo
Legenda: Os lobos estão no topo da cadeia alimentar. Recentemente, os lobos-cinzentos (Canis lupus) foram retirados da lista de espécies ameaçadas de extinção pelo Congresso dos Estados Unidos. Tal decisão não tem apoio dos conservacionistas nem dos cientistas. Credito: Fremlin. Licenciado por Creative Commons Atribuição 2.0 Genérica.


Um estudo realizado por pesquisadores da área de conservação e ecologia de várias universidades aponta que a diminuição dos grandes predadores compromete a dinâmica de funcionamento de um ecossistema nos níveis biótico (seres vivos) e abiótico (luz, água, temperatura). Para comprovar tal comportamento você poderá utilizar o simulador de Relações Alimentares.
Os cientistas observaram que um decréscimo da população de lobos no Parque Yellowstone modificou a população de alces não só em número, como também em hábitos, pois eles passaram a pastar em áreas que anteriormente eram restringidas por aqueles predadores. Logo os castores, que se alimentavam dos vegetais presentes nessas áreas começaram a passar fome ou procurar outra fonte de alimentos. Pronto: o desequilíbrio se estabeleceu. Para retomar as condições anteriores, foi necessária uma reintrodução de lobos no parque.

Outro exemplo estudado é o da redução do número de felinos em Utah. Essa ausência trouxe reflexos negativos ao ecossistema, como perda da vegetação, alteração do fluxo de canais de água e aumento do número de cervídeos.

Com esses estudos, fica comprovado que os predadores no topo da cadeia trófica são fundamentais para o ecossistema como um todo, o que e derruba o conceito errôneo em ecologia de que a retirada desses animais interfere muito pouco em um ambiente.


Fonte: http://blog.educacional.com.br/blog_bio/o-problema-do-lixo-nos-oceanos/comment-page-1/#comment-1012

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